quinta-feira, 17 de junho de 2010

Flávio Dino e Jackson Lago podem se aliar contra Roseana

 
O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, afirmou nesta quarta-feira (16), que o pré-candidato do partido, Flávio Dino, pode abrir mão da candidatura ao Palácio dos Leões e se aliar ao governador cassado do Estado, Jackson Lago (PDT). O movimento em sentido oposto, com a desistência de Lago, também está sendo negociado e ganharia força, por exemplo, caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entenda que a exigência de ficha limpa para a disputa no pleito de outubro envolva também condenações já consolidadas.
     Em prol da desistência do governador cassado, pesa ainda o fato de Lago ter rompido com o projeto de eleição da petista Dilma Rousseff após o PT ter decidido apoiar a reeleição de Roseana Sarney, sua adversária histórica.
     "(A candidatura de Dino pode ser retirada) se o movimento local que apoia a candidatura ache que tenha de retirar. Tudo é possível. (Podemos fazer) um acordo com o Jackson ou uma aglutinação de forças em torno do Jackson. Não posso dizer a tendência. Estamos começando a ver agora", comentou Rabelo na convenção nacional comunista, em Brasília.
     "É prematuro dizer que vou retirar a candidatura. É uma coisa muito insipiente e não chega a ser uma negociação. Mas se for o entendimento da maioria das forças (retira candidatura)", disse Flávio Dino.
     Pesquisa interna do PCdoB não registrada junto à Justiça eleitoral aponta Roseana Sarney com 44% das intenções de voto, seguida por Jackson Lago, com 24%, e Flávio Dino, com 18%.
Palanque para Dilma
Independentemente da costura em nível estadual, o PCdoB exigirá de Dilma Rousseff tratamento igualitário em todos os Estados que tiver candidato próprio. "Se há necessidade, por exemplo, de palanque duplo em alguns Estados, não se pode legitimar o pleito de um aliado e vedar esse mesmo direito a outro", diz trecho do programa de governo que o PCdoB pretende encaminhar à ex-ministra da Casa Civil.
Do Portal Terra

Um comentário:

  1. Decisão do TSE pode deixar Roriz inelegível até 2023
    Com a decisão dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que as regras da Ficha Limpa valem para condenados antes da sanção da Lei, vários políticos ficarão sem mandato por muito tempo.

    O caso mais emblemático é do ex-senador e ex-governador de Brasília, Joaquim Roriz.

    Por ter renunciado, em 2007, do cargo de senador para escapar de um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética, ele deverá ficar sem mandato até 2023.

    Isso ocorre porque a Lei Ficha Limpa estabelece que o parlamentar que renunciar ao cargo antes do julgamento do Conselho ficará inelegível até o término do mandato para o qual foi eleito e nos oito anos subseqüentes.

    Como Roriz foi eleito para um mandato até 2015, somados oito anos estabelecido no Ficha Limpa, chega-se ao ano de 2023.

    Outros exemplos são os casos dos governadores do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), e da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB).

    Os dois tiveram os mandatos cassados, por meio de uma representação, e cumpriram pena de inelegibilidade, entre 2007 e 2009. Com a nova interpretação do TSE, eles ficarão inelegível até 2014.

    Também cassado pelo TSE, o governador do Maranhão, Jackson Lago, não entra dentro desse exemplo porque ele perdeu o mandato por meio de um "recurso" apresentado para perda do diploma eleitoral.

    A Lei prevê inelegibilidade de oito anos para aqueles que perderam o mandato por meio de uma representação e não por meio de um recurso, como é o caso de Lago.

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