sábado, 29 de maio de 2010

Jackson Lago diz que apoio a Serra é uma luta contra oligarquias

 
O governador deposto Jackson Lago (PDT) afirmou na manhã desta sexta-feira (28/05), durante a pré-convenção de quatro partidos (PDT, PPS, PSDB e PTC) que apoiarão sua reeleição ao governo do Estado, que as oposições no Maranhão não podem permitir que os avanços e as ações positivas do governo Lula sejam trocados pela sobrevivência das oligarquias no estado e no país.
“Não podemos deixar que debaixo do manto do carisma, do carinho e amor que o povo tem pelo presidente Lula, possa sobreviver os exploradores do nosso povo”, disse o pedetista Jackson Lago, última a discursar no evento que reuniu centenas de pessoas no auditório do Poty Hotel, na Ponta D´Areia em São Luís.
Pela primeira vez desde que Jackson Lago anunciou sua disposição em concorrer às eleições de outubro, o prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), participou de ato de apoio à reeleição do governador, deposto numa decisão de quatro ministros da Justiça Eleitoral.
Todos os discursos proferidos no ato fizeram referência à cassação do pedetista.
O ex-ministro do STJ, Edson Vidigal (PSB), apontou aberrações e afirmou que engendraram um processo contra o então governador Jackson Lago no TSE com único propósito de cassá-lo. Segundo Vidigal no processo houve subtração de instância, um caso inédito na história da justiça brasileira.
Vidigal e o deputado federal Roberto Rocha (PSDB), ambos os candidatos ao Senado Federal pela coligação das quatro legendas, ressaltaram a importância de fortalecer o projeto nacional de apoio a José Serra no Maranhão. Lideranças de outros partidos também prestigiaram a pré-convenção, como o deputado estadual petista Valdinar Barros.
“Vamos eleger para Presidente da República quem nas seja objeto, instrumento de dominação das oligarquias brasileiras. Uma pessoa que tenha não apenas competência, conhecimento, mas que tenha dado demonstração de grande conhecimento de gestão no Ministério da Saúde, na prefeitura de São Paulo, no governo de São Paulo, mas que também não vai permitir que os Collor, Renan e Sarney da vida se fortaleçam”, ressaltou o ex-governador do Estado.
O pedetista defendeu que paralelamente à luta pela vitória na eleição de governador do estado, as oposições devem fortalecer sua representação nas bancadas estadual e federal; e também no Senado Federal. A estratégia é impedir que continue a dependência das administrações à vontade do grupo dominante.
“Eu nunca consegui um centavo de empréstimo junto às organizações financeiras internacionais por dependerem da aprovação do Senado. Eles ficavam bloqueando”, lembrou o ex-prefeito de São Luís por três mandatos, Jackson Lago.
Entre as criticas ao grupo que se instalou no Palácio dos Leões por conta do que denomina “golpe judicial”, Jackson Lago destacou a suspensão dos convênios com os municípios. Segundo Lago, eles atingiram principalmente a área da saúde, prejudicando grande parcela da população maranhense. Citou o grande socorrão construído ainda durante o seu curto mandato, no município de Presidente Dutra, como referência do projeto de descentralização das ações do governo.
Jackson Lago apontou as relações promíscuas que o grupo liderado pelo senador José Sarney (PMDB-AP) estabeleceu com as instituições federais ao longo de anos de mando no estado.
“Eles nos cassaram porque não queriam que continuássemos no governo construindo escola para abrir ao conhecimento de centenas de milhares de jovens de nosso estado. Se sentiram incomodados pela perspectiva de como o conhecimento iria levar à libertação”, mensurou o ex-governador do estado. Vamos vencer as eleições para o governo, “assim como vencemos em 2006”, concluiu Jackson Lago.

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